“Como não poderia deixar de ser,
sempre acontece uma trairagem na eleição do presidente da Câmara de Vereadores
de Alexandria”. Foi o que disse um vereador da oposição, inconformado, segundo
ele, com o vereador Diassis que teria se vendido para eleger o candidato da
situação Raimundinho.
Mas, essa história fica pra
depois. Ao meio dia, do último dia de 2012, o então prefeito Alberto Patrício
enviou uma gravação de um pronunciamento seu sobre a situação em que deixava o
governo.
Depois que a população tomou
conhecimento que Alberto não pagaria os salários em atraso e o 13º de algumas
categorias, inclusive dos professores, a sua popularidade despencou de vez. Houve
até a preocupação de mandarem anunciar na rádio que seria uma gravação, o
prefeito não estaria ao vivo.
Alberto falou de verdades e meias
verdades. As dívidas deixadas pelo seu antecessor, que por sinal tomaria posse
nos primeiros minutos de 2013, é uma realidade nua e crua que Alexandria
amargou. Eram mais de R$ 60 mil com débito em conta descontados todos os meses
de precatórios do TRT, do INSS da Cosern e outros. Nei Rossatto jogou essas
contas pra frente sem pensar no futuro administrativo de Alexandria.
Alberto falou de suas obras. Mais
de R$ 11 milhões, “até a sua gestão ninguém conseguiu nem a metade disso.” Verdade
absoluta. O que Alberto não disse, é que a sua administração seguiu como um
barco a deriva. Sem comandante nos momentos de mais turbulência. A prova disso é
o ex-prefeito, no final de sua administração, culpa o pagamento das dívidas e a
queda do coeficiente de 1.0 para 0.8 como cruciais para não cumprir com o
pagamento dos salários dos servidores. Todos lembram que no final d e 2011 ele
demitiu todos os comissionados, exigiu que aqueles que retornassem não
recebessem salários por três meses, para entregar o governo sem dever a ninguém.
Então, se terminou dessa maneira trágica, como o foi, é porque não soube
planejar.
Quanto à queda do coeficiente,
onde disse que Alexandria deixa de arrecadar R$ 130 mil ao mês; a culpa hoje é
delegada a Alberto. Por falta de aviso não foi. Muitos o aconselharam a
incentivar os recenseadores e contratar pessoas de confiança para acompanharem
o trabalho. Ele recusou os conselhos para não gastar. O resultado foi que o
município precisou de apenas 118 cadastros para permanecer com o seu
coeficiente de 1.0. Não que fosse burlar o recadastramento, mas todos os
prefeitos sensatos fazem isso. Somente em Natal, os votantes de Alexandria,
completariam essa lacuna. O resultado está aí. Daqui para 2020, quando será
feito o novo censo, Alexandria vai perder cerca de 26 milhões. Mais do que o
dobro dos recursos adquiridos nos seus 08 anos de governo.
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